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Apresentação da candidatura do Bloco de Esquerda em Guimarães

Na sexta feira à noite, na Plataforma das Artes e Criatividade, decorreu a Apresentação Pública da candidatura do Bloco de Esquerda aos órgãos autárquicos de Guimarães. A iniciativa teve intervenções de José Gusmão, eurodeputado do Bloco de Esquerda, Paula Magalhães, mandatária da candidatura do Bloco de Esquerda, Sónia Ribeiro, recandidata à Assembleia Municipal e Luís Lisboa, candidato à Câmara Municipal de Guimarães.

 

O eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, referiu que a candidatura apresentada, Guimarães para as Pessoas, tem uma proposta política apresentada a “um município que vive em monocultura democrática, dominada pelo mesmo partido e pela mesma constelação de interesses”.

 

José Gusmão focou a mobilidade e a habitação como questões fundamentais em Portugal, e especialmente em Guimarães, defendendo pedonalização de ruas dentro da cidade, que a cidade deixe de ser pensada a partir do carro, mas sim a partir do peão, e que seja reforçada a mobilidade via transportes públicos e mobilidade suave.

 

Relativamente à habitação, “o quarto pilar do estado social que nunca chegou a ser construído”, considerando necessário a construção de um parque público de habitação com preços controlados.

 

Na intervenção inicial, Paula Magalhães declarou que foi sem qualquer hesitação que aceitou ser a Mandatária da candidatura, por acreditar que “as propostas do BE são aquelas que respondem à necessidade imperiosa de colocar o concelho de Guimarães dimensão do que são os valores do desenvolvimento atual, preparando-o para as exigências do futuro”.

 

A mandatária do Bloco de Esquerda criticou a autarquia por ter “uma agenda política e ideológica definida, fazendo esquecer uma grande parte do poder reivindicativo da população de Guimarães, posta à margem, desvalorizada”, acrescento que “quem respeita a memória do esforço do trabalho, não constrói supermercados sobre o património inventariado, os tanques da antiga indústria dos curtumes”.

 

Sónia Ribeiro, dirigente bloquista, afirmou que é com sentido de responsabilidade que aceitou o desafio de se recandidatar à Assembleia Municipal, fazendo um balanço dos quatro anos como deputada municipal, e das propostas feitas para a melhoria das condições de vida das pessoas.

 

Sónia Ribeiro mencionou as várias visitas aos bairros sociais do IRU, “denunciando o estado vergonhoso de alguns fogos, como a forma abutre que o instituto tenta cobrar, de forma coerciva, o pagamento de rendas completamente desajustadas da realidade dos seus inquilinos”. A deputada municipal considerou também incomportável o custo das rendas em Guimarães, considerando os salários baixos auferidos pela população que trabalha na indústria têxtil e do calçado, terminando a intervenção propondo uma rede pública de creches, infantários e lares de idosos.

 

Para Luís Lisboa, candidato à Câmara Municipal de Guimarães, a candidatura a afirma-se como “uma alternativa de esquerda a 32 anos de um governo que de socialista apenas tem o nome”, fazendo o compromisso de “lutar por uma cidade inclusiva, que cuida dos seus, que resolve os problemas das suas gentes”.

 

O candidato do Bloco de Esquerda, depois de elencar medidas relativamente ao ambiente, transportes, arte e cultura, mobilidade, educação e segurança, admitiu que “este caminho é muito sinuoso e difícil, mas ele só pode ser feito com um Bloco de Esquerda forte que consiga lutar por uma maior pluralidade, inclusão, mas acima de tudo por uma maior transparência, rigor e eficiência”.