
Na sequência do chumbo do Tribunal de Contas ao aumento de capital da Taipas Termal, o Bloco de Esquerda considera que esta decisão confirma as dúvidas que o BE manifestou na Assembleia Municipal, sobre a má gestão dos recursos e falta de planeamento da atividade daquela cooperativa municipal.
Para o Bloco de Esquerda, “ficou claro que o dinheiro dos vimaranenses não pode financiar atividades tipicamente comerciais, como aquelas que a Turitermas tem vindo a querer desenvolver” e que “os milhões que o executivo quer injetar naquela cooperativa deveriam ser usados para o bem comum”.
O Bloco de Esquerda critica ainda o Presidente da Câmara por “tentar encontrar malabarismos para contornar a lei” e sugere que a verba seja aplicada “em serviços verdadeiramente públicos, que possam ser usados por todos os vimaranenses, sem que a condição económica seja problema”, lembrando que, quer os novos serviços das termas, quer o polidesportivo, estão vedados ao utilização livre, uma vez que estão sujeitos ao pagamento de taxas incomportáveis para algumas famílias.
Sobre as declarações do presidente da cooperativa e vereador da Câmara de Guimarães, Ricardo Costa, que fala do crescimento da Taipas Termal e da criação de emprego qualificado, o Bloco de Esquerda desafia, por um lado, a cooperativa a assumir a viabilidade económica da atividade, não ficando dependente de sucessivos aumentos de capital, e por outro, o executivo a divulgar as categorias e vencimentos de todos os trabalhadores, uma vez que identificaram “a existência de salários baixos e de pelo menos 10 vínculos precários, entre contratos a termo e estágios profissionais, para além dos prestadores de serviços, como médicos, que utilizam as instalações da cooperativa como consultórios privados”.