
Bloco: Catarina Martins e Pedro Soares na apresentação oficial de Wladimir Brito à Câmara de Guimarães
Em defesa da igualdade social, Catarina Martins realça a candidatura do Bloco em Guimarães como um “bom exemplo de uma nova geração de autarcas que discute os direito essenciais, de combate ao clientelismo”, diz. Para “não deixar passar o presidencialismo que existe nas autarquias”, Catarina Martins quer mais responsabilidade e exigência, transparência no poder local. “Vivemos num pais desigualdade sociais, ouvimos e vemos vezes demais discurso que promove a desigualdade. O país tem abandonado demais essas populações”, diz.
Em defesa de mais politicas de urbanismo, o coordenador do Bloco para as autárquicas, Pedro Soares, destaca a candidatura do partido em Guimarães como “uma marca diferente” para promover um debate político autárquico que, no munícipio, "tem estado demasiado fechado", segundo o deputado. A mesma ideia foi partilhada pelo cabeça de lista à Câmara Municipal vimaranense, Wladimir Brito, uma personalidade de grande destaque em todo o concelho. O advogado e candidato do BE elege como objetivos da sua candidatura: o reforço da presença do bloco na discussão das decisões da gestão autárquica na cidade.
Durante o comício, Wladirmir Brito destacou que avança com esta candidatura “enquanto cidadão que há muitos anos participa na vida ativa da cidade, entendendo que a maioria sucessiva do PS há mais de vinte anos fez surgir uma compressão cívica” e que asfixia o debate político, diz. A identificação com as lutas e causas políticas do Bloco levaram à escolha do Bloco como partido para encabeçar uma candidatura à Câmara Municipal de Guimarães, adianta Wladimir Brito, porque: “As pessoas estão primeiro, as soluções são importantes para todos, sem excluir ninguém”. A candidatura bloquista em Guimarães apresenta como linhas orientadoras o desenvolvimento humano. O Bloco defende um papel importante de uma maior intervenção da ação social na infância e na terceira idade. Guimarães é um concelho muito disperso, por isso Wladimir Brito, candidato à câmara, e Sónia Ribeiro, candidata à Assembleia Municipal de Guimarães, vão debater-se por mais e uma melhor rede de transportes públicos, em nome da preservação do meio ambiente, com a coordenação de horários e de recursos de transporte que se adequem às reais necessidades das 48 freguesias do concelho. Como exemplo, Wladimir Brito destaca a cultura, de forma “mais articulada” e que permita a quem viva nas imediações das do concelho também usufruir dos espetáculos na cidade, de modo a acabar com a atual monopolização cultural. Ainda neste ponto, o candidato quer uma “reviravolta” maior, de modo que sejam dadas “mais oportunidades aos artistas emergentes do concelho”, refere.
A candidatura bloquista quer combater a corrupção no município. “A desburocratização, nomeadamente dos serviços técnicos camarários, são focos perigosíssimos de corrupção”, diz o candidato. “A criação de serviços nalgumas freguesias âncoras são uma solução para a desconcentração administrativa”, refere.
Para o cabeça de lista bloquista, o custo é apenas uma rede informática em “rede com as juntas e essencial para as populações”.
Na Assembleia Municipal de Guimarães, Sónia Ribeiro, propõe que as questões estruturantes para a gestão do concelho passem pela assembleia, mesmo sem estarem no regimento de funcionamento daquele órgão autárquico.
Bairro da Emboladoura, Gondar
O Bloco esteve de visita ao bairro social da Emboladoura, freguesia de Gondar, concelho de Guimarães, onde vivem perto de 600 pessoas em 250 fogos. Desde que foi construído nos anos oitenta, nunca sofreu qualquer obra de reparação, requalificação ou manutenção. Inclusive, existem obras iniciais, como fundos de alguns prédios, que nunca foram concluídas. As coberturas dos edifícios são ainda em amianto, nalguns pontos com fissuras por onde se infiltram os pombos e água das chuvas, piorando ainda mais o estado de conservação do bairro e constituindo perigo para a saúde pública.
Nesse sentido, o deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Soares, exige “uma intervenção urgente por parte do IRHU - Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana para a reabilitação urgente destas habitações sociais”. Apesar da possibilidade da descentralização da gestão destes bairros para as autarquias, Pedro Soares dúvida que “algum município vá aceitar bairros em estados degradados como é este o caso”. Este exemplo “é a imagem do que é preciso ser feito em termos nacionais em parte dos 12 mil fogos sob a alçada do IRHU ”, diz o deputado do bloco.
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