
Mais de 50 trabalhadoras e trabalhadores da empresa têxtil Moritex, em Pinheiro, Guimarães, revezam-se há quatro dias, dia e noite, à porta da fábrica, para impedir que saiam do local mercadorias ou máquinas. Desde abril que não recebem salários, e temem que matérias-primas ou equipamentos sejam usados para pagar dívidas a fornecedores, deixando os trabalhadores diante do facto consumado de não haver dinheiro para lhes pagar salários e subsídios em atraso.
Dos 150 trabalhadores que laboravam normalmente na empresa, apenas 28 se mantêm em funções.
Suspensão e a rescisão dos contratos de trabalho
Os trabalhadores pediram a suspensão e a rescisão dos contratos de trabalho devido aos salários em atraso e, na sexta-feira, o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes pediu no Tribunal a insolvência da empresa.
“Estamos há quatro meses sem receber salários, temos inclusive casais, o que duplica a dificuldade”, disse um trabalhador entrevistado pela RTPI. “Vamos ficar aqui até isto ficar resolvido, ou até que nos paguem”, prometeu.
Amanhã, 4.ª feira, pelas 11 horas, uma delegação do Bloco de Esquerda vai encontrar-se com os trabalhadores e as trabalhadoras da Moritex.