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Em defesa da Associação Curtir Ciência e da sua reintegração na Rede Nacional de Centros Ciência Viva

O Curtir Ciência tem desempenhado, desde a sua criação, um papel fundamental na promoção da cultura científica em Guimarães. Instalado na antiga Fábrica de Curtumes Âncora, no coração da zona de Couros (Património da Humanidade), o centro foi, durante anos, um espaço de experimentação, descoberta e partilha de conhecimento para dezenas de milhares de visitantes entre os quais se contam inúmeros estudantes e famílias.

A exclusão da Associação Curtir Ciência da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, na sequência de uma auditoria técnica que identificou falhas ao nível da infraestrutura e da atualização dos conteúdos, é um sinal de alerta que não pode ser ignorado. E é, acima de tudo, um apelo à ação.

O Bloco de Esquerda considera que Guimarães não pode prescindir de estar integrada na Rede Ciência Viva. A cidade que foi Capital Europeia da Cultura, que valoriza o conhecimento e a inovação, deve manter um centro de ciência moderno, seguro e atualizado, capaz de continuar a servir a comunidade escolar, a população local e quem visita Guimarães.

É urgente investir. Investir já na requalificação do atual espaço e dos seus conteúdos, para garantir as condições técnicas e de segurança adequadas e evitar que a comunidade escolar e a população local fiquem privadas de um recurso educativo e científico fundamental. E investir na concretização de um novo centro, já previsto mas não concretizado pela autarquia. Este  será determinante para garantir que, a médio prazo, Guimarães tenha um espaço de ciência moderno, acessível, tecnologicamente avançado e alinhado com os padrões mais elevados da Rede Ciência Viva.
 
O Curtir Ciência é mais do que um edifício: é uma ferramenta de igualdade no acesso ao saber e uma porta aberta para a inspiração do futuro. Consideramos fundamental que a Câmara Municipal canalize todos os esforços e meios disponíveis para assegurar o regresso de Guimarães à Rede Ciência Viva e para garantir que a ciência continua a ser um direito acessível a todas e todos.

Guimarães merece um Centro Ciência Viva à altura da sua história, do seu património e das suas gentes.