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Marisa Matias é candidata que preconiza a esperança de um país melhor, mais justo e solidário.

Num jantar de ano novo, organizado pela coordenadora concelhia de Guimarães, a porta-voz nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, salientou a importância das próximas eleições presidenciais neste novo ciclo político. Para Catarina Martins, Portugal não pode concordar com o país idealizado por Marcelo Rebelo de Sousa, porque esse "será sempre o velho país dos interesses e da subalternização do povo aos interesses económicos".

A porta-voz do Bloco afirma que o país não pode ter um presidente com “visões diferentes dependendo da cor do governo em funções”, referindo-se a Marcelo Rebelo de Sousa. Continuou afirmando que “o Marcelo candidato não conhece o Marcelo comentador”, explicando que “o homem que disse que nem lembrava ao careca o orçamento de 2012 ser inconstitucional, agora até acha que era inconstitucional”.

Catarina Martins sublinhou, ainda, as profundas divergências entre o candidato Marcelo Rebelo de Sousa e o Bloco de Esquerda, nomeadamente, a sua posição discriminatória em relação aos direitos das mulheres e a defesa incondicional das políticas de austeridade seguidas pelo anterior governo do PSD/CDS, que agora apoiam a sua candidatura.

Para a porta-voz do Bloco, Marisa Matias é candidata que preconiza a esperança de um país melhor, mais justo e solidário. Segundo Catarina Martins, o trabalho desenvolvido pela candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda ao longo da sua vida representa os interesses reais das pessoas, salientando a postura irrepreensível de Marisa Matias na negociação com vários partidos no Parlamento Europeu para elaboração da lei dos medicamentos, contra os lobbys das grandes farmacêuticas, bem como a postura pacifista e de respeito pelos direitos humanos, dando apoio às populações que vivem em palcos de conflitos, como no Líbano e Palestina.

O jantar-comício incluiu também a intervenção de Pedro Soares. Para o deputado da Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Braga, o voto no Bloco de Esquerda nas últimas legislativas representou o surgimento de um novo ciclo político, que é expresso pelos consensos obtidos para a aplicação de uma política alternativa à austeridade da direita.

Pedro Soares referiu que esta negociação para melhorar a vida das pessoas já teve resultados, como é o caso do aumento do salário mínimo, que muito significa para o concelho de Guimarães. O deputado salientou que, com o aumento para 600 euros na legislatura, uma parte substancial dos trabalhadores e trabalhadoras vimaranenses verá o poder de compra aumentar significativamente, o que não acontecia nas últimas décadas.

Em representação da coordenadora distrital de Braga, interveio Ana Bárbara Pedrosa, que salientou as qualidades de Marisa Matias, face aos restantes candidatos/as. Para Ana Bárbara Pedrosa, Marisa Matias é uma candidata com vasta experiência social, quer ao nível nacional, como internacional, que representa os direitos sociais em plenitude, como a saúde, educação e cultura, conforme consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Por outro lado, para Ana Bárbara Pedrosa, Marcelo Rebelo de Sousa representa a austeridade, ao apoiar os orçamentos inconstitucionais da direita PSD/CDS, Maria de Belém representa os cortes nos salários e pensões, ao ser presidente do PS durante a governação Sócrates, e Sampaio da Nóvoa representa a destruição da escola pública, ao concordar com o financiamento das famílias do ensino superior através das propinas.

Os presentes no jantar puderam ainda contar com as palavras de esperança de Joaquim Teixeira, deputado municipal eleito pelo Bloco de Esquerda e representante da coordenadora concelhia de Guimarães. Para Joaquim Teixeira, apesar do trabalho desenvolvido em 2015 ter sido gratificante, 2016 será um ano também exigente. O deputado municipal congratulou os presentes pelos resultados das exigências para a reabilitação da igreja românica de Serzedelo e convidou todos os vimaranenses para se juntarem ao bloco na luta pela recuperação da ponte do Soeiro, também em Serzedelo.