Foi apresentado, no passado dia 25 de Março, o estudo encomendado à Universidade do Minho, pela Câmara Municipal de Guimarães, relativo à “Via Dedicada” ao Ave Park e, com a apresentação, deu-se início à discussão pública.
O Bloco de Esquerda, na última Assembleia Municipal, questionou a Câmara sobre se tinha sido colocado a hipótese de uma saída da A11, em direcção às Taipas. A pergunta não obteve resposta por parte dos responsáveis municipais.
Na sessão realizada em Caldelas para apresentação do estudo realizado pela UMinho, um cidadão colocou a mesma questão. A resposta, dada com uma certa arrogância, foi:
- “Porque não queremos mexer com gente graúda, as possibilidades são zero!”
É incompreensível que, no âmbito de um estudo sobre as diversas alternativas para acesso ao AvePark, não seja incluída a possibilidade de uma via de ligação a partir de um nó na A11.
As alternativas equacionadas pelo estudo da UMinho contemplam apenas a possibilidade de requalificação das vias de acesso atuais (alternativa 1), a requalificação da EN101 entre Fermentões e a ponte sobre o rio Ave à entrada das Taipas (alternativa 2) e a construção de uma nova via dedicada entre a EN101, em Fermentões, e a rotunda de entrada do AvePark (alternativa 3).
As alternativas 1 e 2 são praticamente impossíveis devido a múltiplos estrangulamentos atualmente existentes que impedem a duplicação da via em vários pontos dos respetivos percursos. Restaria a alternativa 3 que, apesar de serem aparentemente subestimados no estudo, tem problemas diversos nomeadamente a sua extensão, custo e o facto de colidir com áreas de REN e de RAN.
Ora, para uma decisão devidamente informada sobre a matéria e que assegure a defesa do interesse público, o Bloco reclama que seja equacionada uma alternativa 4, que ligue diretamente a A11 às Taipas, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho. O seu estudo permite que esta alternativa seja avaliada comparativamente com as restantes em termos de extensão e tempo de deslocação, segurança, variáveis ambientais, inserção urbana, oportunidade de financiamento e acessibilidade.
O Bloco de Esquerda não deixará esquecer esta quarta alternativa que entende não poder deixar de ser estudada e avaliada porque pode apresentar vantagens em relação a qualquer uma das restantes, nas diversas variáveis. Tanto na construção da autoestrada como agora no caso da via para o AvePark, a Câmara não utilizou todos os recursos à sua disposição para uma decisão devidamente informada, podendo mesmo estar em causa os interesses de Caldelas e de outras freguesias vizinhas.